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AS INFERÊNCIAS PSICOSSOCIAIS EM RELAÇÃO À HANSENÍASE

A hanseníase possui várias formas de apresentações clínicas, cujo diagnóstico baseia-se principalmente na presença de lesões de pele, perda de sensibilidade e espessamento neural. As variadas formas clínicas de apresentação são determinadas por diferentes níveis de resposta imune celular ao M. leprae, causador da doença. O quadro neurológico acomete os nervos periféricos, atingindo desde as terminações na derme até os troncos nervosos, sendo clinicamente uma neuropatia mista, que compromete fibras nervosas sensitivas, motoras e autonômicas. A sensibilidade é alterada em suas modalidades térmica, dolorosa e táctil.
Durante séculos, as vítimas das doenças foram isoladas em leprosários, ilhas e outros locais separados dos núcleos habitacionais, tal o horror ocasionado pelas deformidades. As melhorias das condições sanitárias e de habitação, bem como os progressos da medicina que constataram que a Hanseníase é menos contagiosa que outras doenças, além de curável com tratamento adequado. Acredita-se que a transmissão pode ocorrer pelas vias respiratórias e, algumas vezes, por contato direto, por meio de contato com ferimento na pele do doente. Porém, para a transmissão ocorrer é necessário o convívio prolongado com o doente das formas contagiantes, que não faz tratamento e que geralmente esteja vivendo em condições precárias de higiene.
A principal característica apresentada na hanseníase é a exposição de riscos aos nervos periféricos, por provocar incapacidades físicas e deformidades, trazendo diversos problemas para o portador, tais como: diminuição da capacidade de trabalho, limitação da vida social, problemas psicológicos, comprometimento em sua vida afetiva e sexual, contribuindo para uma baixa auto-estima devido ao preconceito contra a doença
A hanseníase, que durante vários séculos foi denominada de lepra, se diferencia das demais doenças por possuir características especiais, uma delas é o estigma social. Ao longo da história o hanseniano foi visto como o “senhor do perigo e da morte” e isto levou ao estabelecimento de medidas discriminatórias com relação a estes sujeitos.
Apesar dos avanços técnicos que tornaram disponíveis tratamentos eficazes, ainda hoje as crenças populares sobre a hanseníase/lepra parecem conservar muitas das imagens que fizeram dela uma das doenças mais temidas em todos os tempos.
Há séculos a hanseníase vem marcando socialmente os indivíduos por ela acometidos. O preconceito, a segregação, a falta de controle sanitário criou um isolamento social que não se marcou apenas pelos muros dos asilos. A internação obrigatória foi extinta, mas os muros instituídos nas relações sociais que esses indivíduos enfrentam, ainda hoje, estão bastante presentes.
Na maioria dos casos de hanseníase, a discriminação e o preconceito têm dois lados, o primeiro da própria pessoa, a qual tem a doença e possui um auto preconceito, bem como medo de ser excluído do convívio de suas redes sociais se revelar para a sociedade que tem a hanseníase e, o segundo lado é a sociedade que indiretamente sente medo da contaminação, incluindo também a família.
Quando se fala em doença crônica sempre são levantadas características que envolvem a qualidade de vida do indivíduo doente, tanto as características psicológicas que abarcam o emocional, por exemplo: depressão, ansiedade, medo, apreensão e as transformações físicas, que juntando a todas essas questões influenciam no convívio.
Os problemas emocionais estão intimamente ligados à autoestima, no controle do próprio corpo e nas relações interpessoais.
A agregação de sintomas ligados à doença crônica quando existe dor, pode desencadear complicações como depressão, alterações no sono, no apetite, irritabilidade, agressividade, ansiedade, diminuição da capacidade de concentração, atenção, memória e isolamento social.
Muitas pessoas as quais estão passando pelo procedimento de diagnóstico, ou seja, irão receber a notícia se tem ou não a Hanseníase, passam por um processo de auto preconceito, por medo de vivenciar os estigmas que a lepra carrega, tendo assim um auto estigma mesmo sobre como será sua vida se tiver de fato a doença.
Cavaliere e Nascimento (2007) em seu estudo, afirmam haver indivíduos que têm dificuldades em aceitar a doença, tornando-se uma pessoa com auto estigma. O indivíduo sente medo devido à discriminação que a sociedade pode ter sobre ele, e isso provoca instabilidade emocional, além disso, o receio sobre como os “normais” irão lhe receber, faz com que surja o sigilo sobre a doença, até mesmo com relação à família.
É muito provável, que esta inferência do que se refere a saúde mental do portador de hanseníase interfere e muito na qualidade de vida dos mesmos. Dificultando em muitos casos uma vida cotidiana normal

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SINAIS E SINTOMAS DA HANSENÍASE

São principalmente vistos nas mãos, pés, rosto, orelhas, costas, nádegas e pernas.

Fique atento para qualquer mancha esbranquiçada, avermelhada no corpo.

Atenção pois essas manchas podem apresentam falta de suor, pêlos, e sensibilidade. 

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COMO POSSO “PEGAR” HANSENÍASE?

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A Hanseníase é transmitida pela respiração, porém é necessário que se tenha contato com uma pessoa que possua a doença sem tratamento e na forma clinica transmissível, além de convívio prolongado. Ex: morar na mesma casa. 

Ao se iniciar o tratamento a doença deixa de ser transmitida. 

A maioria das pessoas adultas são resistentes à hanseníase.

HANSENÍASE

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O que é a hanseníase???

 

É uma doença infecciosa, de evolução muito longa causada pelo Mycobacterium leprae.

Esta doença acomete pele e os nervos.

Ainda é alvo de discriminação, porém esse estigma deve ser superado, pois a hanseníase tem cura.

HANSENÍASE

 

O que é?1

Doença crônica granulomatosa, que afeta a pele e os nervos periféricos, proveniente de infecção causada pelo Mycobacterium leprae.

Esse bacilo tem a capacidade de infectar grande número de indivíduos (alta infectividade), no entanto, poucos adoecem (baixa patogenicidade

Como se transmite?

A transmissão se dá por meio de uma pessoa doente, estando sem tratamento, elimina o bacilo por meio das vias respiratórias (secreções nasais, tosses, espirros), podendo assim infectar outras pessoas.    

Não transmite por:

  • Meio de copos, pratos, talheres,
  • Assentos, como cadeiras, bancos;
  • Apertos de mão, abraço, beijo e contatos rápidos em transporte coletivos ou serviços de saude;
  • Picada de inseto;
  • Relação sexual;
  • Aleitamento materno;
  • Doação de sangue;
  • Herança genética ou congênita (gravidez);

 

Fique atento aos sintomas:

  •  Manchas esbranquiçadas, avermelhadas ou amarronzadas em qualquer parte do corpo com perda ou alteração de sensibilidade;
  •  Área de pele seca e com falta de suor;
  • Área da pele com queda de pêlos, especialmente nas sobrancelhas;
  • Área da pele com perda ou ausência de sensibilidade;
  • Sensação de formigamento (Parestesias) ou diminuição da sensibilidade ao calor, à dor e ao tato.
  • Dor e sensação de choque, fisgadas e agulhadas ao longo dos nervos dos braços e das pernas, inchaço de mãos e pés.
  • Diminuição da força dos músculos das mãos, pés e face devido à inflamação de nervos, que nesses casos podem estar engrossados e doloridos.
  • Úlceras de pernas e pés.
  • Nódulo (caroços) no corpo, em alguns casos avermelhados e dolorosos.
  • Febre, edemas e dor nas juntas.
  • Entupimento, sangramento, ferida e ressecamento do nariz;
  • Ressecamento nos olhos;
  • Mal estar geral, emagrecimento;
  • Locais com maior predisposição para o surgimento das manchas: mãos, pés, face, costas, nádegas e pernas

     Como tratar?

O tratamento é ambulatorial. Administra-se uma associação de medicamentos, a poliquimioterapia :  rifampicina, dapsona; clofazimina.

Como confirmar o diagnóstico?

O diagnóstico da hanseníase é basicamente clínico, baseado nos sinais e sintomas detectados no exame de toda a pele, olhos, palpação dos nervos, avaliação da sensibilidade superficial e da força muscular dos membros superiores e inferiores.

A hanseníase é uma doença incapacitante e apesar de não haver uma forma de prevenção especifica, existem medidas que podem evitar as incapacidades e as formas multibacilares, tais como:

    • Diagnóstico precoce;
    • Exame, precoce, dos contatos intradomiciliares;
    • Uso da BCG

Referências bibliograficas:

http://www.tuasaude.com/hanseniase-lepra/ http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/gve_7ed_web_atual_hanseniase.pdf http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/abcad21.pdf

O QUE É A HANSENÍASE

 É uma doença contagiosa, transmitida de uma pessoa doente, que  não esteja em tratamento, para outra;

  • Demora de 2 a 5 anos, normalmente, para aparecerem os primeiros sintomas;
  • Apresenta sinais e sintomas dermatológicos e  neurológicos;
  • Pode atingir homens e mulheres, adultos e crianças, de todas as classes sociais;
  • Instalam-se, principalmente nos nervos e na pele;
  • Pode causar incapacidades e/ou deformidades, quando não tratada ou tratada tardiamente;
  • Tem cura;
  • O tratamento é um direito e está disponível em todas as unidades de saúde do SUS

1Fonte: www.cnbb.org.br

Como se pega a hanseníase?

Uma pessoa pega a doença, por meio das gotas eliminadas no ar pela tosse, pela fala e pelo espirro de uma pessoa com hanseníase, sem tratamento.  Não se transmite por abraço, carinho.

Sinais e sintomas

  • Manchas esbranquiçadas, avermelhadas ou acastanhadas, em qualquer parte do corpo, que podem ser lisas ou elevadas, COM PERDA DE SENSIBILIDADE LOCAL;
  • Caroços avermelhados ou acastanhados;
  • Áreas da pele, mesmo sem manchas que não coçam, mas formigam ou pinicam e vão ficando dormentes, com diminuição ou ausência de dor, de sensibilidade ao calor, ao frio e ao toque.
  • Engrossamento de certos nervos dos braços, pernas e pescoço, acompanhado ou não de dor;
  • Aparecimento de caroços ou inchaços, no rosto, orelhas e nas mãos; perda dos pelos nas manchas; perda dos cílios e sobrancelhas (às vezes)
  • Sem diagnóstico e sem tratamento, a pessoa continua doente sem saber, podendo transmitir a hanseníase  para outras pessoas.

hanseniase

Fonte: www.uniaosaude.com.br 

Como se trata a hanseníase

  • O tratamento é feito nos serviços de saúde; podendo durar de 6 a 12 meses.
  • Devem tomar o medicamento todos os dias em casa e uma vez por mês no serviço de saúde.
  • Pessoas que moram com alguém que recebeu diagnóstico de hanseníase devem ser examinadas no serviço de saúde e orientada para reconhecer os sinas e sintomas.

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Fonte: www.atitudetocantins.com.br

Referencia Bibliográfica

TESTE RÁPIDO DETECTA INFECÇÃO POR HANENÍASE, DO “NEW YORK TIMES” NA FOLHA

21/02/2013 – 04h30

FOLHA DE SÃO PAULO

http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/1234180-teste-rapido-detecta-infeccao-por-hanseniase.shtml

Um teste simples e barato para detectar a infecção pela bactéria causadora da hanseníase foi desenvolvido por pesquisadores americanos e será fabricado por uma empresa brasileira, a OrangeLife. O preço máximo, segundo um acordo firmado com a empresa, será de US$ 1.

Muitos consideram a hanseníase uma relíquia do passado, mas, a cada ano, 200 mil pessoas são infectadas, segundo a Organização Mundial da Saúde.

O Brasil é um dos países mais afetados. Em 2010, foram detectados 34,9 mil novos casos da doença. Índia, Filipinas, Indonésia e República Democrática do Congo também entram no rol dos países com maior presença da infecção.

A doença tem cura, então uma melhora do diagnóstico precoce pode significar que, um dia, a hanseníase possa se juntar a outros males, como a poliomielite, que estão próximos da erradicação.

MAIS FÁCIL

Os responsáveis pelo novo teste afirmam que o resultado sai em menos de dez minutos. O método é muito mais simples do que o atual, que requer uma incisão na pele e a análise da bactéria ao microscópio.

“Funciona como um teste de gravidez e requer só uma gota de sangue”, afirmou Malcolm Duthie, líder do desenvolvimento do teste no Instituto de Pesquisa de Doenças Infecciosas de Seattle, nos EUA. “Posso ensinar qualquer um a usá-lo.”

A facilidade de uso é importante, segundo os pesquisadores, porque nem todas os locais onde a doença tem maior prevalência contam com profissionais treinados para realizar o exame para detectar a bactéria ao microscópio ou com laboratórios.

No novo teste, basta inserir a gota de sangue em um recipiente com uma fita plástica. Em seguida, são colocadas três gotas de uma solução. O resultado vem como o de um teste de farmácia: duas linhas querem dizer um diagnóstico positivo.

O que é ainda mais importante, segundo Duthie, é que espera-se que o teste detecte infecções até um ano antes de os sintomas aparecerem. Quanto mais cedo começa o tratamento com antibióticos, melhor é o resultado.

A hanseníase é causada pela Mycobacterium leprae, bactéria “aparentada” da causadora da tuberculose, mas que se reproduz de forma muito mais lenta. Os sintomas podem levar mais de cinco anos para aparecer.

“Estamos animados com o resultado”, afirmou Bill Simmons, presidente das Missões Americanas de Hanseníase, um grupo cristão que combate a doença desde 1906.
transmissão

A bactéria só é transmitida após um contato próximo e prolongado. O micro-organismo se espalha para as partes mais frias do corpo: mãos, pés, bochechas e orelha.

Os primeiros sinais visíveis são, em geral, partes sem cor nem sensibilidade na pele. Muitas vezes, as lesões são confundidas com as causadas por fungos ou com doenças como psoríase e lúpus.

O paciente pode sofrer queimaduras e cortes frequentes, pela falta de sensibilidade. Os pés desenvolvem feridas. Segundo Simmons, é aí que o doente acaba percebendo que o problema é grave e procura atendimento. “Aí ele recebe a notícia ruim: ‘Sim, você tem hanseníase e gostaríamos que você tivesse vindo aqui seis meses atrás’.”

Depois de seis meses, o dano nervoso pode ser permanente. Mesmo que o paciente seja curado –o que envolve um tratamento com três tipos de antibiótico por até 12 meses– ainda há o risco de desenvolver feridas.

À medida que a bactéria atinge os nervos, os músculos atrofiam e os dedos podem ficar curvados.

Hoje, a maioria dos pacientes é curada antes desses danos, mas o estigma da doença ainda resiste.

Editoria de Arte/Folhapres

Hanseniase

SIMPÓSIO DE ATUALIZAÇÃO CIENTÍFICA SOBRE HANSENÍASE

              Temos a honra de comunicar que estão abertas as inscrições para o
  Simpósio de Atualização Científica sobre Hanseníase
 
   que acontecerá dia 26 de abril de 2013 no campus da UNIP de São José do Rio Preto – SP.
Para efetivação da inscrição, acessem o site do Instituto Adolfo Lutz http://www.ial.sp.gov.br na área eventos.
Após o recebimento de um e-mail contendo Usuário e Senha,
até 3 resumos de trabalhos científicos, por inscrição, poderão ser submetidos.
     Ficaremos honrados com sua presença.
     Equipe do Instituto Adolfo Lutz – São José do Rio Preto – SP

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